Às vezes precisamos ser amáveis
às vezes rejeitamos.
Há ocasiões de grande número de orações;
outras, de muita secura,
verdadeiros desertos.
Impõe-se a necessidade de justiça
e lutamos revoltando-nos
junto aos fracos;
igualmente carecemos de ardor,
e desistimos.
Transbordamos alegria incontida,
e somos inodoros e chatos.
Tudo somado pelos acontecimentos,
pelos ares
em lógica desconhecida
a invadir nossa privacidade
estruturada.
Exportamos uma explicação
de costura frágil
prestes a romper-se.
Fazemos um esforço
por apresentar
um individualidade
complexa.
Mas não!
São ondas ao vento
ao sabor das circunstâncias.
São meros reflexos
proto-homínidas
se jactando
racionais.
João Paulo Naves Fernandes
27/10/2016
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