Estou com lágrimas represadas...
Não encontram ombros,
palavras de conforto,
abrigo.
Retidas
questionam
o silêncio
da nuvem densa
que está
sobre o país.
Estão sós
pois as dores continuam
expostas à visitação
de abutres.
Por isso não correm...
para resguardar
a coragem
do que ainda
recisará ser feito.
Não correm...
para preservar
a humanidade
que se esconde
por dentro da pele,
nas entranhas.
Quisera sorrir...
soaria falso
diante de tanta
falsidade
e mentiras.
Quiser ter esperanças...
mas há de se reconhecer
a profusão da maldade
a inversão súbita
de tudo e de todos.
Por isto retenho as lágrimas
são o que restam
da dignidade
Por isso as guardo.
18/04/2018
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