Agradeço a Deus
por ser pequeno
e inexpressivo,
a maior parte do tempo
Agradeço por ser nada
diante de tantos orgulhosos
cheios de si
qie nem cabem
neles mesmos.
Agradeço a primavera constante
desta pequenina planta
que oferta
uma florzinha do campo,
perdida
em meio as ervas.
Agradeço por não ter alcançado
altos postos
não ter me enriquecido,
conhecido vários lugares.
Permaneço o mesmo
suburbano
basirrista
do boteco da esquina
esquecido de tudo e de todos.
Permaneço sonhando
gratatuitamente
e aspirando o ar frio
das manhãs.
Neste percurso
sem reta
com suas
encruzilhadas,
vou pondo os pés
como quem vai
às compras,
distraído.
Quem sabe assim
as guerras
faças treguas
pontuais
,e os abandonados
voltem a ser
lembrados.
Enquanto isto,
esforço-me
por ser
ainda mais
didículo,
a realidade
mais concreta
do ser
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