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No Paquistão as crianças cristãs não podem usar os banheiros dos alunos muçulmanos


Estudante foi ameaçada, agredida, insultada e trancada no banheiro por três horas, pela diretora da escola

Sara Bibi, estudante de um colégio de ensino fundamental em Samundari, nas proximidades de Faisalabad, no Punjab, foi ameaçada, agredida, insultada e trancada no banheiro por três horas por ter usado o toalete utilizado por alunas muçulmanas. O episódio revela a mentalidade discriminatória comum na sociedade paquistanesa.
Os cristãos são considerados “impuros” e portanto, sua presença é “inquietadora”. Neste episódio, a fé religiosa teve seu peso, pois a violência contra a jovem foi cometida por ela ser cristã. Foi a reitora da escola a dispor a punição da menina, que ficou fechada três horas enquanto ela lhe dizia: “Você é cristã, uma infiel, como ousou utilizar o toalete usado pelas meninas muçulmanas?”. Não obstante as súplicas, a jovem foi punida e somente no fim do horário, foi solta.
Os cristãos condenaram firmemente “o comportamento desumano da reitora”. O “Pakistan Christian Congress” disse à Agência Fides que “muitas vezes os cristãos não podem ir a restaurantes, escolas, universidades e escritórios com os muçulmanos, e nem podem beber água da mesma fonte. Esta discriminação é fruto de ódio. A proibição de utilizar banheiros nas escolas é absurda”. As organizações pedem ao governo do Punjab um inquérito detalhado e medidas concretas para promover a tolerância e a harmonia religiosa no Paquistão. 

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