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Vaticano denuncia intensas perseguições contra os cristãos no mundo atual

Durante missa organizada pela comunidade de Santo Egídio, o secretário de Estado recorda a situação dramática dos cristãos perseguidos
Por Sergio Mora
ROMA, 16 de Abril de 2014 (Zenit.org) - Ainda hoje, “em diversos contextos, há muitíssimos irmãos e irmãs nossos que são objeto de ódio anticristão”, declarou ontem à tarde o secretário de Estado vaticano, cardeal Pietro Parolín, durante a missa celebrada na basílica de Santa Maria in Trastevere, organizada pela Comunidade de Santo Egídio. Parolín recordou os novos mártires do nosso tempo.
A comunidade de Santo Egídio já tinha recordado este ano, com uma oração ecumênica da qual participaram representantes das Igrejas e das comunidades cristãs de diversas confissões, as perseguições que acontecem em diversos países, "nos quais o testemunho desarmado e não violento dos cristãos é visto como um escândalo diante da violência, da corrupção e do terror. São lugares em que matam as pessoas porque elas vão à missa, em que igrejas e escolas cristãs são queimadas, em que ameaçam, intimidam e assassinam quem educa os jovens e os tira das quadrilhas de bandidos".
Parolín recordou que as testemunhas da fé no século XXI são pessoas como nós, que têm os nossos mesmos medos e fraquezas e que, mesmo assim, parecem “heróis distantes dos nossos limites e das nossas contradições”.
O cardeal citou uma famosa homilia do papa Francisco que, no ano passado, declarou: “No século XXI, a nossa Igreja é uma Igreja de mártires”. O secretário de Estado vaticano acrescentou que, “em diversos contextos, muitíssimos irmãos e irmãs nossos são objeto de ódio anticristão. Não são perseguidos por terem algum poder mundano ou político, econômico ou militar, mas porque são testemunhas tenazes de outra visão da vida, feita de serviço, de liberdade, baseada na fé”. A geografia das perseguições envolve países como a Nigéria, o Paquistão, a Indonésia, o Iraque, o Quênia, a Tanzânia e a República Centro-Africana.
E não são apenas os católicos que suportam o peso da coerência vivida em nome de Jesus, mas também os ortodoxos, evangélicos e anglicanos. O cardeal citou João Paulo II para recordar que “as testemunhas da fé não levam em conta o próprio bem-estar, a própria sobrevivência, mas os valores maiores da fidelidade ao Evangelho”.
Parolín agradeceu aos perseguidos por perseverarem naqueles lugares perigosos “apesar das ameaças e intimidações”, a fim de “dar testemunho, em todo lugar, do nome do Senhor Jesus, verdadeira origem da globalização do amor”.
Missas e atos similares aconteceram nas cidades italianas de Milão, Nápoles, Gênova e Turim, além de países como a Argentina, a Alemanha, a Bélgica, a Espanha e a Holanda.

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