11-04-2014, 17h30
Discurso governista prevê mudar política econômica de forma gradual
Para tentar segurar o apoio do grande empresariado na campanha eleitoral, o PT prometerá um ajuste econômico no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff mais suave do que numa eventual administração do tucano Aécio Neves.
O recado ao empresariado nacional será o seguinte: com Dilma, os ganhos dos grandes grupos econômicos seriam menos afetados.
De acordo com o discurso petista, numa gestão tucana, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) não teria mais poder de fogo para fazer empréstimos. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal também reduziriam seus financiamentos ao setor privado.
Na área fiscal, haveria diminuição das compras governamentais para aumentar o superávit primário (toda a economia do setor público para o pagamento de sua dívida). Diante das críticas do PSDB ao Mercosul, as empresas que exportam para a Argentina poderiam sofrer com a desidratação do bloco comercial.
Os juros seriam mais altos. Aconteceria repasse rápido da defasagem dos preços da energia e dos combustíveis, o que beneficiaria os acionistas, mas geraria alta maior ainda da inflação. Haveria impacto sobre a renda e o emprego, esfriando a economia.
O objetivo principal desse discurso do governo será atingir Aécio, que disse recentemente em encontro com empresários que não temeria adotar medidas impopulares. Mas também serviria, em menor grau, para combater a candidatura presidencial do ex-governador Eduardo Campos (PSB).
Em resumo, a mensagem do PT ao empresariado nacional será: Dilma sabe que precisará realizar ajustes na política econômica, mas o fará de forma mais gradual do que Aécio e Campos.
Blog do Kennedy
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