Uma hérnia
encravou-se
na região
lombar
deste Pó.
Tapou
a boca
prendeu
as pernas,
arrefeceu
o ânimo,
fez tudo
para paralisar
o corpo.
A mente
continua
inteira.
Ociosa,
mas
inteira.
Deseja
a bicicleta,
a calçada,
o vento.
A mente
questiona
a hérnia.
Paradoxo
entre
espirito
e corpo,
puxando,
cada qual,
o seu espaço
possível.
A saúde
é uma
frágil
sensação
de bem estar.
Enquanto
não levanto,
e a janela
permanece
distante;
enquanto
o dia
escorre
lentamente
aguardando
o que
nem mais
anseio.
enquanto
as orações
não são
finalmente
encontradas,
vou
purgando
o passado,
que
sobra,
vou
rastejando
os passos
entre
aposentos,
pesquisando
paredes
pias
geladeira.
Ouço
o mundo
do lado
de fora:
sirenes
de ambulâncias
cães
latindo,
crianças
brincando
ao longe,
Jovens
amam-se
afoitos,
num
passado
morto.
Aventuras
se avolumam
no tempo
desta
cama
presente
ausente.
Apenas,
uma hérnia
encravada
na região
lombar.
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