Minha bandeira
traz o branco da paz
junto ao vermelho da luta,
um coração e uma alma
juntos.
Quando o povo desperta
seu olhar é para um futuro
límpido, sem exploração,
é voz unida, braços dados
é esperança construída
sobre os escombros
da vida.
Corre na frente de tantos,
balançando sôfrego
este mastro,
guia desperto
da massa
revolta.
Entre os braços dados
ecoam vozes
que rompem
silêncios
de séculos.
Silêncios de dores
acoites, fomes.
Silêncios de mortes
de todas as idades,
abandonos conscientes
desdenhados.
O ajuste de contas
caminha pela História
intrépido, adernando
ora pr'a cá
ora pr'a lá
acumulando.
Já é tempo
de cumprir
as profecias
proferidas.
Tempo de gritos
incontidos
das bocas
calejadas
de palavras
guardadas.
Porque raiou
a aurora dos povos,
a ponte entre
os tempos,
o encontro
de todos
num mundo
novo.
Já é possível ver
no horizonte
este dia.
Congratulemo-nos!
O amanhã pede licença.
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