Não pude dormir.
Os fantasmas me assaltaram à noite.
Vinham com os milhares de rostos daqueles que pilham a vida, buscando de mim, resposta semelhante.
Minha renúncia a qualquer ódio lhes frustra a tentativa, mas o coração sofre a queda da confiança nas pessoas como um todo.
Interrompo o monólogo perguntando a Deus sobre a sua Justiça, e reclamo.
Ele não responde; não como eu queria.
Aguarda minha própria conclusão.
Silencio.
As horas não passam.
A programação noturna do rádio e da TV é repetitiva do dia, e os programas religiosos são primitivos, e me lançam a épocas passadas. Não resolvem
São perseguidores, traidores, falsos amigos, golpistas, murmuradores, são casos, situações que não passam nunca.
Ah, como estes fantasmas estão hoje presentes.
Lá fora uma chuva forte, interminável, desperta-me para a secura de minha alma. Quantas dores não se tornaram em enrijecimento do coração, em insensibilidade?
Continuo buscando o estado d'alma que um dia vivi.
Sei que nele tenho paz.
Mas, a paz hoje?
Hoje não!
Hoje os fantasmas me assaltam.
Mostram minha devida pequenez, o que sou realmente, um grande nada.
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