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E os movimentos sociais não se fundiram...

De um lado o despertar de um movimento social internético volátil e difuso, com perfil de classe média "mauricínica", a comando do PIG (Partido da Imprensa Golpista), de outro, a sonolência de um movimento sindical que "dormiu em berço esplêndido", nestes 10 anos imaginando que obteria suas principais conquistas. 

Não se pode dizer que o movimento dos coxinhas acabou, porque a volatilidade é imprevista. Deve voltar.

Da mesma forma não se deve pensar que os sindicalistas irão voltar para seus sindicatos, muito ao contrário, procurarão retomar o movimento nas ruas e em greves que apenas se iniciam. 

Aguenta Brasil, até as próximas eleições para não comprometer as poucas conquistas que tivemos.

A leitura que fazemos é que um e outro caminharão separados e, de certa forma, tenderão ao confronto. 

O movimento sindical não pode ser medido por esta movimentação que é apenas inicial. O que se deverá ver aqui para a frente é um endurecimento nas relações sindicais e um aumento disperso de greves. O movimento sindical deverá fazer novas investidas, porque não teve contempladas as suas principais bandeiras durante os governos do PT. As 40 horas principalmente.

Já os coxinhas irão esquentar as ruas cada vez mais sozinhos, porque está sendo desvendada as suas reais intenções, deixando claro que lutar contra a corrupção á algo necessário e permanente. Mas ficar só no geral sem descer a propostas concretas. Por exemplo, não quiseram o plebiscito da Reforma política, então qual é a proposta?

De qualquer forma, é bom para todos os lados esta movimentação porque lança o Brasil a novos horizontes, e desafios. O Parlamento como um todo precisa ser reformado, o Judiciário idem. O Executivo, nem se fale. É muita teta para ter que dar leite. Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas, meu!

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