Não existe um modelo de visita.
Cada paciente é uma dimensão de vida nova, que nos coloca diante de um diálogo novo.
Hoje, em nossa visita vespertina na Ortopedeia do Hospital das Clínicas tive muitas surpresas.
Primeiro, o ingresso de uma nova jovem agente, que insistiu tanto em participar que conseguiu seu espaço, e iniciou hoje.
Mas vamos às visitas.
Entrei em um quarto onde estava deitado um jovem chamado Gustavo. Ele é cadeirante e está nesta situação desde 1995, quando teve o acidente com carro. O que impressionou foi a sua alegria, a consciência de sua capacidade. Trabalha em designe não sei do quê, mas sua mãe afirmou que ele tem uma mão exímia. Pensei como o ser humano, quando quer, supera suas limitações e se recoloca de novo no centro da vida.
Fez-me lembrar do homem de mão mirrada que foi curado em um dia de sábado, ao qual Jesus o chamou para ir ao centro da sinagoga.
Em outro quarto, junto a duas mulheres, a conversa foi tão descontraída que rimos muito juntos, contando piadas pouco apimentadas, lícitas.
Em outro, encontrei um irmão evangélico muito equilibrado, onde pudemos refletir juntos a palavra de Deus, sem olharmos a diferença, mas o que nos unia, conforme o pedido de Jesus, para que sejamos um, como Ele e o Pai são um. Coincidentemente este é o Evangelho do domingo na Igreja Católica.
Por fim estivemos em um quarto onde uma paciente ao ver-nos disse que Deus tinha atendido suas preces de trazer pessoas pra rezarem por ela.
Perguntei o que ela precisava e ela disse, que desejava ir melhorando de sua enfermidade e ficar com a mente mais equilibrada.
Fiz então uma oração dentro do que ela havia pedido.
Na outra cama tinha uma senhorinha idosa que embora debilitada fisicamente, e com falhas na memória, mostrava uma fé serena e segura em Deus, que nos encheu de confiança, nós que íamos consola-las.
Ao retornar para casa, perguntei à nova agente:
Que tal? Gostou? Como é que você está se sentindo?
Ela disse-me que sentia uma paz que raramente tinha.
Lembrei-lhe que Deus derrama sua graça em todos quando destas visitas.
Ela perguntou-me se poderia voltar no sábado que vem.
E combinamos continuar.
Voltei de ônibus, no silêncio da multidão semi-comprimida, com o sentimento de ter feito o meu mínimo.
Cada paciente é uma dimensão de vida nova, que nos coloca diante de um diálogo novo.
Hoje, em nossa visita vespertina na Ortopedeia do Hospital das Clínicas tive muitas surpresas.
Primeiro, o ingresso de uma nova jovem agente, que insistiu tanto em participar que conseguiu seu espaço, e iniciou hoje.
Mas vamos às visitas.
Entrei em um quarto onde estava deitado um jovem chamado Gustavo. Ele é cadeirante e está nesta situação desde 1995, quando teve o acidente com carro. O que impressionou foi a sua alegria, a consciência de sua capacidade. Trabalha em designe não sei do quê, mas sua mãe afirmou que ele tem uma mão exímia. Pensei como o ser humano, quando quer, supera suas limitações e se recoloca de novo no centro da vida.
Fez-me lembrar do homem de mão mirrada que foi curado em um dia de sábado, ao qual Jesus o chamou para ir ao centro da sinagoga.
Em outro quarto, junto a duas mulheres, a conversa foi tão descontraída que rimos muito juntos, contando piadas pouco apimentadas, lícitas.
Em outro, encontrei um irmão evangélico muito equilibrado, onde pudemos refletir juntos a palavra de Deus, sem olharmos a diferença, mas o que nos unia, conforme o pedido de Jesus, para que sejamos um, como Ele e o Pai são um. Coincidentemente este é o Evangelho do domingo na Igreja Católica.
Por fim estivemos em um quarto onde uma paciente ao ver-nos disse que Deus tinha atendido suas preces de trazer pessoas pra rezarem por ela.
Perguntei o que ela precisava e ela disse, que desejava ir melhorando de sua enfermidade e ficar com a mente mais equilibrada.
Fiz então uma oração dentro do que ela havia pedido.
Na outra cama tinha uma senhorinha idosa que embora debilitada fisicamente, e com falhas na memória, mostrava uma fé serena e segura em Deus, que nos encheu de confiança, nós que íamos consola-las.
Ao retornar para casa, perguntei à nova agente:
Que tal? Gostou? Como é que você está se sentindo?
Ela disse-me que sentia uma paz que raramente tinha.
Lembrei-lhe que Deus derrama sua graça em todos quando destas visitas.
Ela perguntou-me se poderia voltar no sábado que vem.
E combinamos continuar.
Voltei de ônibus, no silêncio da multidão semi-comprimida, com o sentimento de ter feito o meu mínimo.
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