O fim é uma interrogação que carregamos durante a vida. Ele somente deixa de exercer uma angústia maior no homem quando este, debruçado em uma profunda reflexão sobre as razões da existência, descobre que não está só, que este todo é uma obra realizada, e não coincidência fortuita.
Como todo ser vivente tem um ciclo, a fase final deste deve ser devidamente administrada, com uma profunda compreensão de que os papéis realizados continuam a dar sustento à velhice, e encontrar novas formas de justificar o estar aqui agora.
Quando nos enveredamos no passado, para destruir o presente, abrimos a porta do suicídio. Quando, igualmente perdemos a referência do prazer de viver o momento em que se encontra, referência que nos remete ao mistério insondável de Deus, tudo perde o sentido, e a morte acaba sendo a encenação de um último capítulo, para não ser lembrado.
Valmor Chagas não quis esperar a hora imprevista, nem a forma indesejada. Adiantou-se com um tiro. Imagino quantas vezes não ensaiou esta derradeira cena, nunca se contentando com a interpretação. Quantas vezes não imaginou as manchetes finais da novela: Um estampido, encerra vida de ator.
Não é fácil viver a velhice. Suportar o esquecimento é mais doloroso, para uma vida que sempre sorriu com oportunidades. Ver a carne ficar flácida, as energias irem diminuindo. Assim mesmo, faltam razões para um suicídio. Arrefece o pensamento imaginar que a lucidez foi dando lugar à imaginação, a ponto de perder-se da pessoa em si, e partir. Quem sabe? Vamos pensar assim, é melhor. Pelo homem que ele foi, Pela lucidez que teve, pela consciência alcançada, tão rara...
Hoje o palco sem está Valmor Chagas, sua beleza incólume, que ia de um hércules semi-deus grego, a um executivo da Paulista, um self-made man.
Fim, fecham-se as cortinas. Abrem-se as portas da eternidade.
A imprensa não investigou e não disse tudo o que sabia, porque não quis manchar o nome do autor. Ela que adora uma manchete, um suicídio, só para vender mais jornais. Houve um acordo de se manter silêncio neste caso. Para falar mal, deixa para o Zé Dirceu, mensalão, outras histórias ligadas a outros interesses, não é assim?
Como todo ser vivente tem um ciclo, a fase final deste deve ser devidamente administrada, com uma profunda compreensão de que os papéis realizados continuam a dar sustento à velhice, e encontrar novas formas de justificar o estar aqui agora.
Quando nos enveredamos no passado, para destruir o presente, abrimos a porta do suicídio. Quando, igualmente perdemos a referência do prazer de viver o momento em que se encontra, referência que nos remete ao mistério insondável de Deus, tudo perde o sentido, e a morte acaba sendo a encenação de um último capítulo, para não ser lembrado.
Valmor Chagas não quis esperar a hora imprevista, nem a forma indesejada. Adiantou-se com um tiro. Imagino quantas vezes não ensaiou esta derradeira cena, nunca se contentando com a interpretação. Quantas vezes não imaginou as manchetes finais da novela: Um estampido, encerra vida de ator.
Não é fácil viver a velhice. Suportar o esquecimento é mais doloroso, para uma vida que sempre sorriu com oportunidades. Ver a carne ficar flácida, as energias irem diminuindo. Assim mesmo, faltam razões para um suicídio. Arrefece o pensamento imaginar que a lucidez foi dando lugar à imaginação, a ponto de perder-se da pessoa em si, e partir. Quem sabe? Vamos pensar assim, é melhor. Pelo homem que ele foi, Pela lucidez que teve, pela consciência alcançada, tão rara...
Hoje o palco sem está Valmor Chagas, sua beleza incólume, que ia de um hércules semi-deus grego, a um executivo da Paulista, um self-made man.
Fim, fecham-se as cortinas. Abrem-se as portas da eternidade.
A imprensa não investigou e não disse tudo o que sabia, porque não quis manchar o nome do autor. Ela que adora uma manchete, um suicídio, só para vender mais jornais. Houve um acordo de se manter silêncio neste caso. Para falar mal, deixa para o Zé Dirceu, mensalão, outras histórias ligadas a outros interesses, não é assim?
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