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Sincronizando a magrela com o metrô

Estes dias de Janeiro, resolvi me cadastrar, com minha bike (Chique do úrtimo) na Estação Butantã do Metrô, e comecei uma experiência para ver se  era possível incluir a bicicleta como meio de transporte até o trabalho.
Tenho que admitir que está dando certo.
Consigo chegar em 15 minutos na estação e pegar o trem em seguida. Contabilizando o tempo total de bike e trem, meu trajeto dura aproximadamente 45 minutos até o trabalho próximo a estação Bresser/Móoca. Antes tinha que acordar 30 minutos antes, para chegar no mesmo horário.
Legal né?
Há riscos?
Sim, principalmente com relação às motos e também com os caminhões.
Por isso, divido o percurso entre as ruas e calçadas, dependendo do risco.
Creio que daqui uns 10 anos teremos pistas para as bicicletas em muitas avenidas aparentemente impossíveis, como a radial leste. Só que muitos ciclistas ainda morrerão para que esta pequena conquista social seja atingida.
Os movimentos sociais nem se dão conta desta importância, mas as bicicletas são e serão uma grande solução para o povão se transportar nas cidades brasileiras.
Eu, em minha juventude viajei duas vezes de Sampa até Ubatuba: a primeira indo até Taubaté e continuando pela Osvaldo Cruz, até Ubachuva - 29 horas. Na segunda vez fui pelo litoral (Sampa/Santos/Bertioga/São Sebastião/Ubatuba) - 3 dias, com descanso.
Hoje, quando a idade já me atinge, no Condor, este transporte de pedal para o trabalho torna-se um deleite, uma viagem contra o tempo, um passeio em meio a rotina, uma curtição de alto nível, gozando dos carros, motos caminhões e ônibus, todos parados nos faróis, e em congestionamentos. De dentro dos carros me admiram e odeiam, porque é mais fácil odiar que admirar..
Precisou o Kassab abrir este espaço, logo um político conservador. quem sabe a Marta faria. Quem sabe.
E agora, será que vão cobrar pedágio das bicicletas?
Á bicicleta ainda faz valer os direitos de ir e vir consagrados em nossa Carta Magna, porque os outros já foram retirados, e pag.am caro
Estou errado?

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