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Ética Idealista X Ética Dialética

O abraço de tamanduá de Maluf em Lula está gerando comentários, passados já vários dias.

Os que mais se revoltaram com este fato são curiosamente os que nunca votaram em Lula, mas certamente já votaram em Maluf.

O que importa é mostrar o "escândalo" desta foto conjunta, e desmoralizar o peão.

Alguns meses atrás, estes mesmos diziam: porque o Lula não se utiliza do SUS para tratar de seu câncer, em vez de ir para o Hospital Sírio Libanês?

Tenho a dizer para as pessoas que lêem este blog, como Giordano Bruno, que o mundo se move.

Tudo está em mudança no mundo.

Uma verdade em um momento, pode tornar-se uma mentira em outra situação.

Se eu, entretanto, vejo tudo sempre da mesma maneira, e não considero que tudo está em mudança, então será um crime esta aliança Maluf e Lula.

Em outros tempo, Luiz Carlos Prestes fez aliança com Getúlio Vargas, porque o Getúlio ditador da década de trinta era qualitativamente diferente do Getúlio de 1950, democrata e nacionalista.

O Próprio Prestes foi ficando diferente com tempo, até aceitar as mudanças na URSS.

Por isso deve-se considerar a existência de uma ética dialética, que se adeque ao tempo, diferentemente da idealista que insiste que as pessoas são iguais, não importa o tempo.

O Maluf hoje é um líder decadente, sem força, e obrigado a aliar-se com o PT que ele também odeia.

Ele só não é burro, e vê que precisa agarrar-se numa tábua de salvação.

Política não é para os "puros", ou melhor os que "se acham puros".

O que se deve perguntar é se o Maluf é quem vai determinar a política do PT. Vai?

Claro que não.

As mudanças iniciadas com Lula continuarão com Dilma e com Haddad, tenha Maluf junto ou não, porque o Brasil está mudando.

Para os "puros" ninguém presta. Nen eles.

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