Hoje
estou cansado
E
creio que nenhum poema
Será
capaz de arrefecer-me
De
tantos desgastes.
Parece
que os sentimentos
Fugiram,
de repente
Do
cotidiano de minha vida
E
estão emoldurados
No
mundo das aparências.
Cansado
de mim
De
meu espírito fugidio
De
minha calma subserviente
Da
consciência de que
O
trabalho edifica
Mas
também vulgariza.
Um
cansaço de séculos
De
dominação
Sobre
as revoltas
Extemporâneas.
Volto
os olhos ao papel
Imagino
O
que pensarão de mim
E o
quanto se frustrarão
Com
este desabafo.
Não, não se suicidem
Não
adianta
Revoltem-se!
Pelo
menos
Sobrarão
esperanças.
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