Pode-se alegar o que quiser, mas Fernando Haddad nem começa a campanha, e já amarga grande rejeição.
A começar com os problemas encontrados nas provas do Enen.
Ainda que o esforço por elaborar exame de tão grandes proporções, e por ter êxito em um bom par de vezes, também é verdade que já houve vazamento das provas, tornando-se algo regular desde então sempre acontecer algo.
A situação ficou de tal forma desconfortável que Fernando Haddad suspendeu um dos exames anuais deste 2012, para não aumentar a munição da oposição contra ele.
Que não dizer das propagandas anti-homofóbicas, que se popularizou como Kit gays, que ele lançou para ser divulgado nas escolas, e que tiveram severa reação dos setores evangélicos e católicos do país.
Agora, Fernando Haddad perdeu o apoio das igrejas cristãs. Sim, ele vai correr atrás, para desfazer a imagem, mas poderá ser tarde.
Os acenos de Kassab em fazer aliança do seu PSD indicando Guilherme Afif Domingues na posição de vice, também é uma faca de dois gumes, pois já está deixando Marta Suplicy com pesadelos, ela que foi bombardeada pelo Prefeito quando concorreu, e em resposta, o acusou de ser...bem deixa isto para lá.
Por fim, o sal.
Não o Pré-sal, mas o sal.
Falta sal ao candidato.
Ele não empolga, não envolve.
Troca Itaim Paulista, na zona leste, com o Itaim Bibi, na chique região da Faria Lima e adjacências.
Acrescente-se a isto a resistência do PC do B, aliado histórico do PT, em se submeter mais uma vez, sem lançar candidatura à Prefeitura de São Paulo, e manter-se firme na campanha de Netinho de Paula.
O quadro que se desenha é de uma campanha multifacetada, diferentemente das anteriores, polarizada.
O PSDB tem vários pré-candidatos com relativa importância, e que uma vez escolhido, terá o respaldo da máquina tucana, que no Estado é forte e pode influir. Mas não terá o apoio de Kassab, que, neste caso, prefere lançar Afif solo.
O quadro muda apenas e tão somente se Serra sair da hibernação sarcófaga a que se autossubmeteu, e desejar ser mais uma vez interino na Prefeitura, sim porque seu desejo real é o de candidatar-se para a Presidência da República.
O PMDB vem de Gabriel Chalita, o doce candidato, que perdeu apoio até da Canção Nova, nas eleições passadas, por apoiar Dilma para a Presidência. Mas, está inteiro e vem para disputar, podendo catalizar os votos cristão católicos carismáticos, que tem alguma expressão, e de alguns evangélicos.
Avalio que há uma chance concreta dos setores progressistas alcançarem a prefeitura nestas eleições, exatamente devido ao caráter que esta campanha está apresentando, de diversidade de candidaturas.
Deve-se considerar também que o eleitorado paulistano é bastante conservador, pois é cotidianamente bombardeado pelo PIG (Partido da Imprensa Golpista), que esconde o problemas no seu quintal, e suja o do vizinho.
È uma luta estratégica, que tem peso significativo, para as eleições presidenciais de 2014.
Rios de dinheiro serão derramados aqui neste ano.
Quem souber catalizar e fazer alianças, pode partir com alguma munição a mais.
Vamos aguardar os próximos lanches do tabuleiro.
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