Onde está o povo?
As ruas cheias
movimentadas
de aflições
e afazeres
individualizando
pessoas.
Não há
como interromper
para sinalizar
a vida
pois atrasa
o rítmo
imposto
e aceito,
sombria
caminhada
ao nada.
O povo
precisa parar,
nem que seja
sonolento
dopado
amorfo,
para exame
das pupilas
hipnotizadas.
Há um mundo
refém do além
sem aquém
alguém.
Mundo indefinido
midiático.
Por que pensar?
por que agir?
As notícias
imobilizam
desmobilizam.
As notícias não são notícias,
são um golpe cerebral
em lógica
redirecional.
Não falo
não escrevo
não comento
Esqueci-me
do que escrever.
Até algum despertar.
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