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Centro de São Paulo está um lixo

Hoje tive o desfortúnio de dar uma caminhada pelo centro de Sampa.

Lixo rasgado jogado pelas calçadas e ruas, ausência de policiamento, e quando existe, justificam-se dizendo que são poucos para dar conta do recado.

Como sempre a Praça Princesa Isabel está pr'a lá de abandonada.

Ao passar por ela, o cheiro de fezes humanas é insuportável, e vários jovens envoltos em cobertores, sujos, arrumavam os seus cachimbinhos de crack, em plena 9:00 h da manhã, enquanto um grupo de idosos se reunia para sua ginástica matinal próximo à estátua do Duque de Caxias , como proteção, pois o restante da Praça tornou-se dormitório de drogados.

Já pensou como uma mãe pode passear com o seu bebê neste lugar? E dizem que estão revitalizando o pedaço.

No Largo Paissandú, parei para conversar com alguns policiais municipais, e eles foram muito compreesivos comigo e, repito, disseram ser muito poucos para dar conta de todo o centro da cidade. Concordei.

concluímos que deve haver uma parceria entre os moradores, lojistas, e povo de rua sobre o uso adequado do espaço para todos e preservando a limpeza do lugar.

A Prefeitura que não oferece banheiro público no centro, pode exigir que os moradores de rua não façam as suas necessidades fisiológicas nos jardins e nas praças? Certamente que não.
Mãe Preta
Parei na Igrejinha do Largo do Paissandú, Igreja de Nossa Senhora do Carmo, com 300 anos de idade, administrada por uma comunidade de negros.

O Largo é conhecido pelo monumento da Mãe Preta.

Estava havendo a celebração de uma Santa Missa por um sacerdote negro, bem de acordo com aquela igrejinha, pequena e esquecida, em pleno centro.

Sem nenhum aparato de nada aquela simples celebração revificou-me sobremaneira, pela Eucaristia.

Resolvi voltar pela São João, e eis que dou de encontro com uma ocupação de moradores sem teto, num prédio que fica na São João, quase esquina com a Ipiranga, apimentando a composição do Caetano Veloso.

Pensei: uns dormem nas praças, esquecidos de tudo e de todos; outros ocupam prédios abandonados e serão logo lembrados pelas autoridades, pois certamente serão expulsos do lugar.

É aquela história, se ficar o bicho pega, se fugir o bicho come.

Lembrei-me da promessa de Dilma na campanha, de erradicar a pobreza do Brasil.

Está ficando letra morta.

No início de sua gestão, ela bem que se reuniu com técnicos e ministros, mas não parece ter saído do papel.

Não é apenas de Bolsa Família que se erradicará a miséria no país, nem de se implementar desenvolvimento.

Serão necessárias muitas ações conjugadas com a sociedade civil.

Mas os problemas ocorridos com Ongs sem-vergonhas, acabaram por prejudicar aquelas com bons propósitos, que ficarão sofrendo as consequências, e estarão alijadas de um projeto desta magnitude.

O Prefeito parece estar largando a mão neste final de mandato.

Agora todo mundo voltou a por placas das empresas onde bem entendem, até lançamentos imobiliários.

Kassab, olha que o povo está te vendo, MEU! e eu também.

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