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Bauru, cidade da paz, devido ao calor

Estarei estes próximos três dias em  Bauru à serviço, mas quero dizer que,ao levantar vôo de Congonhas hoje, 21 de novembro de 2011, o céu na Grande São Paulo estava todo poluído, ainda que o tempo estivesse limpo. Somente após Campinas percebemos que havia desaparecido a poluição.

Aonde esta civilização quer chegar, se ela não sabe controlar o seu hábito necrófilo? tudo esta civilização destrói.

Ao acordar, cedo para preparar-me para a viagem um amigo telefonou-me. Seu filho falecera nesta noite. Felipe lutara contra um câncer por anos até morrer. Eu que estudo teologia, que visito enfermos, que visitei mesmo o Felipe por duas vezes no hospital, que sou poeta e meio dono da palavra, não soube o que dizer a este amigo.

Perder um filho de trinta e poucos anos...é muito para um pai...e a mãe?

Peço a Deus que envie o espírito de consolação a estes dois irmãos que devem estar desconsolados.

Estou em Bauru. Cidade silenciosa e bonita, calma. Talvez refaça um pouco os meus pulmões tão abalados da poluição.

Contarei as novidades daqui.

O Pó está na Estrada.

São 18:30 e estou de volta da rua. Estive perto da Igreja de Nossa Senhora de Aparecida, e vi uma sorveteria, destas tradicionais e familiares, e pedi um copinho de sorvete de Leite Condensado. A Dona do estabelecimento me perguntou se não queria mais um sabor, e complementei com creme.

Sai da sorveteria com um copo tão cheio que chamei a atenção de um jovem que me pediu dinheiro. Como ele me chamou de patrão, fiquei enfurecido, e fiz que não vi.

Existem poucos mendigos na região onde estou, e a cidade parece ocupada em seus afazeres.

O calor é grande em Bauru, de deixar cansado.

Estou de volta.

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