Os "bombardeios humanitários" da OTAN seguidos pela presença "humanitária" de técnicos militares junto aos "rebeldes", mais a distribuição "humanitária" de armamentos para estes, não tinha outro endereço senão a derrota de Kadafi.
Kadafi morreu como disse que morreria, como um mártir, sem fugir da luta.
De herói nacional tornou-se um excêntrico, descolando-se progressivamente de suas bandeiras nacionalistas e nasseristas. Paga pela falta de democratização que pôde implementar, com participação popular, e não o fez, próprio de um militar, que acredita nas suas forças.
Não há glória nesta vitória do imperialismo, há tecnologia militar de ponta.
Agora se verá se a Lìbia era Kadafi ou é mais que Kadafi, e rejeita também estes apadrinhados da OTAN, novos vendilhões da pátria líbia.
A morte de Kadafi, no entanto, desperta a oposição da Síria a buscar apoio internacional da Europa e EUA, e incentiva a novas invasões. "humanitárias".
A Europa, mergulhada em crise, age cada vez com mais violência imperial sobre o norte da África.
Estamos assistindo um alastrar-se da colonialismo pós-contemporâneo, sutil mas real, com o mesmo apetite de outrora, e uma África pós independente, não ideológica e irreligiosa disposta a retomar o capitalismo, como a China.
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