Sim, por incrível que pareça a CUT está levantando a bandeira do fim do imposto sindical.
Foi sob o imposto sindical que se fortaleceu a estrutura sindical brasileira, inclusive dos sindicatos ligado à CUT.
Um imposto odiado pelos empresários, que sempre fizeram campanha contra este, e se utilizam desta crítica para denegrir dirigentes sindicais, e sindicatos, por extensão.
Imposto que garante uma estrutura de luta dos sindicatos, de confrontos em pé de igualdade.
Retirar este imposto, atenderá prioritariamente ao empresariado, e desestruturará os sindicatos.
O ambiente nacional está favorável, porque a população não aguenta mais a carga de impostos que incidem sobre ela, e uma campanha pelo fim do imposto sindical pode ser aceito facilmente, pois significa aprentemente um alívio, transferindo o ódio dos impostos ao imposto sindical.
Porque a CUT está defendendo de maneira mais aberta esta bandeira agora?
Creio que o projeto da CUT e do PT está se esgotando, e estão ficando satisfeitos com a situação atual, tanto a nível governamental, quanto sindical.
Não desejam ir mais adiante nas conquistas, e fazem o jogo do desmonte, com a cara de bons mocinhos que querem acabar com o peleguismo, e o "sindicalimo de resultados".
É a operação "Cavalo de Tróia" contra o sindicalismo, que está chegando ao seu auge.
O cavalo já foi colocado dentro do sindicato, e quando anoitecer, e todos estiverem dormindo, então eles descerão para destruir o que foi construído.
Esperemos que os sindicalistas da CUT, que ainda têm fervor revolucionário, se ponham contra esta aberração.
Os cutistas levantam também a bandeira da "autonomia" sindical isto é, multiplicidade sindical em uma mesma empresa, onde existam três a quatro sindicatos de trabalhadores.
Já imaginaram, quando houver uma luta, como será mais difícil decidir-se por uma greve dentro de uma mesma empresa?
Pois é, depois falam com razão que a CUT está é arriando e não levantando bandeiras.
E o socialismo?
Ora, bolas...isto é coisa do passado.
leia matéria retirada do síte da CUT
O segundo dia da 13.ª Plenária Nacional da CUT, em Guarulhos, terminou com o lançamento de uma campanha que dialoga diretamente com o tema do evento: liberdade e autonomia, por uma nova estrutura sindical.
Conforme destacou o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Artur Henrique, a proposta é dialogar com as bases e com os dirigentes sobre a importância da ratificação da Convenção 87 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) – que trata da liberdade e proteção ao direito de livre organização sindical – e sobre a necessidade de substituir o imposto sindical por uma contribuição negocial definida pelos trabalhadores.
Além de inserções na mídia – as peças ainda serão criadas –, haverá ainda um abaixo-assinado. “Vamos aproveitar o mês de março do ano que vem para ampliar essa campanha e levar esse abaixo-assinado aos sindicatos custistas em todo o Brasil e também para aqueles que não são filiados a nós”, explicou.
“A estrutura sindical fragmenta, fragiliza e enfraquece a luta da classe trabalhadora”, comentou Rosane Silva, secretária da Mulher Trabalhadora.
O Diretor Executivo Júlio Turra lembrou ainda que a ratificação da Convenção 87 promove o fim da unicidade sindical. “Somos a favor da unidade, mas contra a unicidade porque representa um entrave à democracia. Temos de ir para a base mostrar que os trabalhadores estão tendo suas carteiras batidas em um dia de seu trabalho sem que tenham sido consultados.”
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