Setores do governo consideraram ofensiva à mulher propaganda da Hope. Leio no jornal que leitores se indignaram e até uma professora de Direito do Trabalho criticou a modelo Gisele Bündchen como subserviente ao poder dos homens.
A consideração que faço é de que discriminação à mulher há em tantas propagandas, que situar esta questão simplesmente nesta propaganda em especial, é no mínimo discriminador. Por exemplo, a propaganda da Brahma em que as mulheres estão todas reunidas em casa, diante da TV, e assistem os seus maridos ou namorados juntos na arquibancada do estádio é o quê? divisão de papéis?
Esta propaganda em especial mostra o poder de sedução que a mulher brasileira usa para obter seus objetivos. Isto ocorre fartamente em nossa vida social.
Moças que conquistam estrangeiros, que passam férias no Brasil e se apaixonam por elas, e as levam para morar no exterior.
É o sexo cumprindo sua função secular de realizar os casais naquilo que h´de mais saudável e agradável, tornando-os, em seguida, co-responsáveis de todas as suas ações.
Quanto à submissão da mulher ao poder do homem, ou do outro par, pois a propaganda não especifica se é homem ou outra mulher, bem esse tratamento se dá por falta de oportunidades de trabalho para a mulher, na mesma proporção que para os homens.
Quem deveria reclamar, de fato, desta propaganda, não é o quem vai pagar o cartão de crédito estourado, que vai hospedar a mãe da moça, e tem o carro batido?
Pois é, até mesmo a dominação homofóbica tem uma servidão subjacente do próprio homem, que se enreda na beleza feminina.
O governo quase emplacou algumas propagandas anti-homofóbicas, que iriam ser distribuídas para os estudantes do ensino médio, através do Ministério da Educação, e foram suspensas por pressão de grupos religiosos.
Agora quer descontar em cima de um casal dito "normal", onde o homem é o "chefe" da casa, e a mulher, a "submissa".
Façam vocês mesmos o julgamento
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