A irmandade muçulmana é um grupo fundamentalista que possui maioria na cidade de Hama, onde a mídia noticiou que houve 140 mortes de pessoas pelo exército sírio.
Ocorre que Hama tem uma luta contra o governo há décadas, e possui grande intolerância política.
O Governo Sírio expressa uma característica nasserista de governo forte, centralizado, e de cunho totalitário. As pressões sociais atuais estão fazendo o governo rever o processo de abertura política, dadas as proporções que a luta está tomando.
Entretanto a cada tentativa de abertura, a irmandade muçulmana faz mais pressão, obrigando o governo a retroceder no processo, até que se respeite as partes.
Guardando-se as devidas proporções, o processo é semelhante ao da Líbia, onde o império tem interesse em derrubar o governo Kadafi. Querem transformar a Síria em, uma nova Líbia, e entrar com as tropas da Otan lá também.
O império americano e os europeus tem interesse em derrubar o atual governo, nem que para isso outros grupos mais belicosos assumam o poder. O atual Governo Síro é um aliado do Irã, e na geopolítica da região uma desestabilização ali é interessante para o ocidente
Uma posição equilibrada hoje é defender a redemocratização da Síria, e ao mesmo tempo combater o apoio do ocidente ao fundamentalismo que quer se implantar por lá.
Veja matéria obtida da Xinhua
1 de Agosto de 2011 - 19h28
TV da Síria mostra imagens de ataque de sabotadores em Hama
A emissora do governo da Síria levou ao ar nesta segunda-feira (1/8) um vídeo amador que mostra homens armados, na cidade de Hama, disparando contra forças de segurança e, em seguida, lançando os corpos dos assassinados no ataque nas águas do rio Orontes.
O vídeo mostrou homens armados com rifles, alguns deles mascarados e vestidos com túnicas, disparando contra policiais em Hama. Em seguida, os homens são vistos lançando o corpo dos policiais ao rio, ao mesmo tempo em que gritavam "Deus é grande".
A agência de notícias local, SANA, afirmou nesta segunda-feira que uma autoridade do país, não revelada, disse que grupos armados "deram início a um ataque intensivo", com uso de munição pesada e bombas do tipo Molotov contra alguns quarteis e delegacias de polícia da cidade de Hama.
A fonte disse que os atacantes levavam armas e percorriam a cidade montados em motocicletas, agregando que as unidades do exército que estão na cidade ainda estavam desmontando as barricadas e barreiras montadas pelos 'sabotadores' no último fim de semana.
O presidente da Síria, Bashar al-Assad, visitou nesta segunda vários oficiais do exército e policiais no hospital militar Tishrin, em Damasco, o qual teria sido invadido e dominado dias antes por gangues armadas.
O governo sírio afirmou que centenas de policiais e oficiais de segurança foram mortos e muitos outros feridos por grupos armados que estão espalhando o terror no país há quatro meses.
Hoje cedo, o general Riyad Hadad, chefe do departamento político do Exército Sírio, afirmou que o país está diante do "capítulo final" da conspiração.
Em uma entrevista publicada pelo jornal do partido no poder, o al-Baath, Hadad disse que o exército está pronto para fazer o sacrifício necessário para salvaguardar a segurança do país.
Desde o início dos protestos, em meados de março, Hama foi palco das manifestações mais sangrentas, com milhares de pessoas protestando toda semana a favor da derrubada da liderança síria.
A cidade tem uma história de rebelião contra a liderança síria e foi um bastião importante do grupo fundamentalista sírio Irmandade Muçulmana, que patrocinou uma rebelião sangrenta em 1982 na região.
Fonte: Xinhua
Segundo o Wikipédia, para conhecimento dos leitores passo alguns dados sobre a Irmandade Muçulmana:
A Irmandade Muçulmana, (em árabe جمعية الأخوان المسلمون, Jamiat al-Ikhwan al-Muslimun, literalmente "Sociedade de Irmãos Muçulmanos", conhecida popularmente apenas como الإخوان, Al-Ikhwān, "A Irmandade") é uma organização islâmica fundamentalista. A Irmandade Muçulmana opõe-se radicalmente às tendências seculares de algumas nações islâmicas (ex: Turquia, Líbano, Egito, Marrocos) e pretende "retomar" os ensinamentos do Corão, rejeitando qualquer tipo de influência ocidental. A Irmandade Muçulmana também rejeita as influências Sufi e o chamado "islamismo moderado". O lema da organização é: "Deus é o único objetivo. Maomé o único líder. O Corão a única Lei. A jihad é o único caminho. Morrer pela jihad de Deus é a nossa única esperança".
Agora temos as informações mais completas, e não apenas aquelas dadas pela mídia.
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