Pular para o conteúdo principal

Al-Qaeda contra tudo alheio ao Islã

Importante ler artigo do superior dos dominicanos sediados no Iraque.

O Iraque, berço do cristianismo, onde se estabeleceram as primeiras comunidades cristãs, em fuga das perseguições que ocorriam em Israel, vê-se quase extinto.

Causa provável: Invasão "evangélica" norteamericana, denegrindo os princípios básicos do cristianismo.

Em decorrência, formou-se um sentimento anticristão com consequências trágicas para os grupos lá estabelecidos.

Descontam nos cristãos, a carnificina que receberam, da invasão do "Império evangélico".


Iraque:
Comentário do padre Amir Jaje, superior dos dominicanos em Bagdá



Quinta-feira, 28 de julho de 2011 (ZENIT.org) – A situação dos cristãos no Iraque é muito difícil. Alguns grupos extremistas querem eliminar a presença deles no país, enquanto outros aproveitam os atos violentos para se enriquecer.


Esse é o comentário do padre Amir Jaje, novo superior dos dominicanos em Bagdá, e vigário provincial de sua ordem no mundo árabe.


O religioso assinala que a “Al-Qaeda quer eliminar tudo que é alheio ao Islã”.


Os cristãos se convertem frequentemente em moeda de troca entre os sunitas e xiitas, ou, como ocorre no norte, entre sunitas e curdos. Estes últimos estariam dispostos a defender os cristãos no vale do Nínive unicamente com o objetivo de dominar este território historicamente sunita.

“Se um dia se chegar a um conflito – afirmou –, seremos nós, os cristãos, a pagar o preço mais alto. Reunir os fiéis em uma área em particular é muito perigoso, porque nos arriscamos a ser completamente eliminados. Os cristãos deveriam estar espalhados por todo o Iraque; de outro modo, o país perderia uma grande riqueza.”

O sacerdote descreve um cenário iraquiano dramático, onde há uma drástica redução do número de padres. Há seis anos, havia cerca de 30. Agora, de rito caldeu, há apenas oito.


“Vivemos em contínua insegurança. Pela manhã, quando saio do convento, não sei se voltarei. Apesar do medo, devemos viver e crer no futuro”, afirmou.


Os dominicanos estão presentes no Iraque há mais de 260 anos. Padre Jaje entrou no seminário de Bagdá com 17 anos. Foi ordenado em 1995. Fez doutorado na França e tinha voltado ao Iraque no dia 22 de outubro de 2010, uma semana antes do trágico atentado contra a igreja no Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.


No dia do atentado, era para o religioso estar na igreja, mas foi substituído na última hora. Quando os fiéis e os dois sacerdotes foram tomados como reféns, ele se encontrava no norte do país.


“Foi terrível – ele conta –, a Igreja estava cheia de cadáveres”. O dominicano era muito amigo dos dois sacerdotes assassinados. O mais jovem inclusive era seu primo e tinha apenas 27 anos.


“Quando soube que 58 pessoas tinham morrido, disse que não havia esperança para o Iraque, que nós deveríamos ir embora.”

Nos dias seguintes, estando ao lado dos feridos e das famílias das vítimas, ele entendeu, no entanto, a importância de sua presença. “Eu não tinha o direito de perder a esperança. Se estava vivo, era para realizar uma missão”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Soneto de Dom Pedro Casaldáliga

Será uma paz armada, amigos, Será uma vida inteira este combate; Porque a cratera da ... carne só se cala Quando a morte fizer calar seus braseiros. Sem fogo no lar e com o sonho mudo, Sem filhos nos joelhos a quem beijar, Sentireis o gelo a cercar-vos E, muitas vezes, sereis beijados pela solidão. Não deveis ter um coração sem núpcias Deveis amar tudo, todos, todas Como discípulos D'Aquele que amou primeiro. Perdida para o Reino e conquistada, Será uma paz tão livre quanto armada, Será o Amor amado a corpo inteiro. Dom Pedro Casaldáliga

UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO

 Acabo de vir do Largo de Pinheiro. Ali, na Igreja de Nossa Senhora de M Montserrat, atravessa  a Cardeal Arcoverde que vai até a Rebouças,  na altura do Shopping Eldorado.   Bem, logo na esquina da igreja com a Cardeal,  hoje, 15/03/2024, um caminhão atropelou e matou um entregador de pão, de bike, que trabalhava numa padaria da região.  Ó corpo ficou estendido no chão,  coberto com uma manta de alumínio.   Um frentista do posto com quem conversei alegou que estes entregadores são muito abusados e que atravessam na frente dos carros,  arriscando-se diariamente. Perguntei-lhe, porque correm tanto? Logo alguém respondeu que eles tem um horário apertado para cumprir. Imagino como deve estar a cabeça do caminhoneiro, independente dele estar certo ou errado. Ele certamente deve estar sentindo -se angustiado.  E a vítima fatal, um jovem de uns 25 anos, trabalhador, dedicado,  talvez casado e com filhos. Como qualquer entregador, não tem direito algum.  Esta é minha cidade...esse o meu povo

Homenagem a frei Giorgio Callegari, o "Pippo".

Hoje quero fazer memória a um grande herói da Históra do Brasil, o frei Giorgio Callegari. Gosto muito do monumento ao soldado desconhecido, porque muitos heróis brasileiros estão no anonimato, com suas tarefas realizadas na conquista da democracia que experimentamos. Mas é preciso exaltar estas personalidades cheias de vida e disposição em transformar o nosso país numa verdadeira nação livre. Posso dizer, pela convivência que tive, que hoje certamente ele estaria incomodado com as condições em que se encontra grande parte da população brasileira,  pressionando dirigentes e organizando movimentos para alcançar conquistas ainda maiores, para melhorar suas condições de vida. Não me lembro bem o ano em que nos conhecemos, deve ter sido entre 1968 e 1970, talvez um pouco antes. Eu era estudante secundarista, e já participava do movimento estudantil em Pinheiros (Casa do estudante pinheirense - hoje extinta), e diretamente no movimento de massa, sem estar organizado em alguma escola,