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Nigéria: mortes e danos à catedral em atentado


Tirei do Zenit. Vejam a perseguição.

Norte do país registra ataques terroristas nesta semana


MAIDUGURI, quinta-feira, 9 de junho de 2011 (ZENIT.org) - Atentados terroristas no norte da Nigéria deixaram nesta semana 11 mortos e danificaram a Catedral de Maiduguri.


“A Catedral de São Patrício sofreu sérios prejuízos, portas e janelas estão destruídas e todo o edifício foi abalado pela violência da explosão”, disse à Agência Fides Dom Oliver Dashe Doeme, bispo de Maiduguri, capital do estado do norte da Nigéria.


Na tarde de 7 de junho, um grupo armado explodiu uma bomba nos arredores da Catedral. Foram atingidas também duas delegacias de polícia em uma série de ataques coordenados, atribuídos pelas autoridades locais à seita Boko Haram. O balanço dos ataques é de 11 mortos.


“A situação em Maiduguri é muito tensa”, afirma Dom Doeme, que recorda que “apenas duas semanas atrás, outra Igreja católica, além de uma escola superior, foram alvo de um atentado com explosivos”.


Boko Haram significa, em haussa, “a educação ocidental é pecado”. A seita admitiu a autoria de vários atentados no norte da Nigéria. Em 6 de junho, um líder religioso islâmico que se opunha à seita foi morto em um atentado em Biu, cidade ao sul de Maiduguri.

Os seguidores do Boko Haram ("A educação ocidental é pecado", em língua Hausa) escondem as suas mulheres dos olhares dos outros homens e defendem a educação corânica para os seus filhos. O grupo surgiu em 2004 na Universidade de Maiduguri, e desde então incorporou milhares de novos membros na Nigéria e em países vizinhos, como o Chade e o Níger. Além de estudantes, o Boko Haram conta com analfabetos e desempregados que usam turbantes e defendem uma interpretação ainda mais rigorosa da xariá, a lei islâmica que desde 2000 está a ser reforçada em 12 estados do Norte da Nigéria.



Templos queimados O episódio que originou a crise teve lugar em Bauchi, a 500 quilómetros da capital (Lagos) e perto de Maiduguri. Cerca de 70 militantes atacaram uma esquadra com pistolas e granadas, mas foram repelidos pela polícia. Os confrontos provocaram dezenas de mortos, centenas de detenções e a reacção irada do líder do Boko Haram.

"Em Bauchi, 40 dos nossos irmãos foram assassinados, as casas e mesquitas incendiadas", declarou Yusuf ao jornal nigeriano "Daily Trust". "Estamos preparados para morrer com os nossos irmãos e não vamos ceder nunca perante os infiéis." A julgar pelos acontecimentos posteriores, Yusuf pretende cumprir a promessa. "A democracia e o sistema de educação devem mudar, caso contrário esta guerra recém-iniciada será longa", ameaçou na mesma entrevista.

Desde então houve ataques nos estados de Yobe, Kano, Katsina e Sokoto, todos eles na zona muçulmana. As principais vítimas são os civis, maioritariamente cristãos.

"A situação está sob controlo", garantiu na terça-feira o presidente nigeriano, Umaru Yar?Adua. No mesmo dia, o Senado abriu a hipótese de reforçar o contingente que combate as centenas de membros do Boko Haram que protegem a casa do líder, em Maiduguri.

A cidade encontra-se em estado de sítio há vários dias. Um repórter local, citado pelo "The New York Times", relata que está "tudo fechado", a economia está "paralisada" e várias igrejas foram queimadas por "vadios". O "Daily Trust" está a investigar se alguns dos membros da seita retidos no quartel-general foram "hipnotizados" e levados à força pelos assistentes de Yusuf. O jornal descobriu em Maiduguri uma família inteira que tinha desaparecido dias antes em Katsina, a mais de 200 quilómetros.





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