Desconsiderar as palavras de Jesus que lembra que não é o que vem de fora que corroi o coração do homem, mas o que sai de dentro da pessoa, estabelecendo leis morais que vão bem além das palavras dos evangelhos, foi uma norma do mundo evangélico no século XX.
Não há sequer uma citação de Jesus Cristo sobre que tipo de roupa usar, mas pastores e bispos foram estabelecendo regras ou leis internas que "policiavam" os fiéis nos cultos, e ai da mulher que colocasse uma manguinha mais curta ou deixasse o ombro de fora.
Arrisco-me a dizer que isto existe ainda hoje em muitas seitas que se multiplicam por estes rincões brasileiros, os novos donos da verdade, escondidas sob o manto de Cristo.
Atitude própria de quem não é do mundo e nem está no mundo, caracterizando religiões fechadas totalmente para quem não professe de suas fés, mesmo porque são várias, ainda que tenham Cristo como referência.
Numa linguagem popular, é o chamado clube do bolinha, aquele personagem de gibi infantil que construíra uma casa no alto de uma árvore, e convidava apenas os seus amigos para visitá-la.
As primeiras gerações de evangélicos foram mais rígidas quanto a usos e costumes porque mantinham uma convicção que vinculava fé e costumes à normas morais, mas as gerações seguintes, mais livres, foram sentindo as marcas das prisões ao se sujeitarem a estas normas.
Foram catolicizando-se, pois os católicos não consideram estas questões com a mesma rigidez, e usam as roupas que estão na moda .
Hoje, percebe-se cada vez mais, que ter uma fidelidade a Cristo não significa usar uma roupa X ou Y.
Isto está repercutindo na moda evangélica, e as confecções que fornecem roupas para este segmento, estão modernizando estas vestimentas, ou melhor mundanizando as roupas.
Isto é bom, e acaba com o machismo religioso, pois normalmente, estas normas servem mais para as mulheres aque para os homens.
Para encerrar meu comentário quero lembrar que uma característica marcante da Igreja primitiva, nos primeiros séculos do cristianismo, era a chamada inculturação, isto é, anunciar Jesus Cristo, sem modificar a cultura daqueles povos, por onde os discípulos passavam.
Foi esta inculturação que que contribuiu para o nome católico, universal.
Os que se chamam de "evangélicos, ao obrigar seus fiéis a usarem de um certo tipo de roupas, e de obrigá-los a este ou aquele hábito, acabaram retrocedendo do cristianismo para o judaísmo.
Assim mais correto seria dizer que estes, que mantém estes hábitos, são mais judaizantes que evangélicos, num caminho do pré-cristianismo.
Veja matéria que deixo, do IG
Simone Cunha, especial para o iG
13/06/2011 06:57
Exemplo da nova moda evangélica da confecção Kabene Jeans, uma das mais antigas do país
Para algumas mulheres, além do desejo de aceitação, da vaidade e do estilo, a hora de escolher o que tirar do guarda-roupa pela manhã leva em consideração ainda outros aspectos. Como, por exemplo, princípios morais e religiosos. É o caso, entre outros, de algumas mulheres evangélicas.
Para quem as mulheres se vestem?
De acordo com a secretária-executiva da Alobrás (Associação de Lojistas do Brás) Inês Ferreira, o segmento da moda evangélica que vem se destacando por seu crescimento e renovação. São seis confecções apenas entre as associadas, embora ela ressalte que existem outras na região que não fazem parte da organização.
Inês diz que, antigamente, as consumidoras deste tipo de roupas reclamavam que as roupas eram muito sóbrias, formais e sempre voltadas apenas para um público mais velho – o que ela chama de “roupa de senhora”. Hoje, no entanto, a maioria das lojas tem estilistas próprios para adequar as tendências, mantendo a discrição que a religião exige.
“Tendências como cores, tecidos, texturas e formas podem ser seguidas, independentemente das restrições”, comenta Leca Calvi, professora de personal stylist da Escola de Moda Sigbol Fashion. Saias e vestidos são as peças mais procuradas,assim como blusas com mangas e sem decotes.
De acordo com Benicio Niza Sampaio, gerente da marca Kabene Jeans, há 15 anos nesse mercado, a procura é grande. “Temos uma estilista que acompanha as tendências – aviamento, cores, estampas, modelagem – e adapta ao estilo evangélico tradicional”, diz. Segundo ele, o comprimento da saia e as mangas das blusas são essenciais.
Para a consultora de moda Bia Kawasaki, o segredo é saber valorizar o belo. “Um cabelo bem cuidado, sapatos e acessórios bem coordenados, combinar perfeitamente cores e estampas. A moda é a exteriorização da personalidade”, define. “Muitas destas mulheres são muito mais modernas e sofisticadas que outras que, por não terem noção do ridículo estético, expõem suas imperfeições físicas e seu mau-gosto ao público em geral.
Já a professora da PUC Denise Bernuzzi defende que, ao investir neste estilo, a moda deu um passo importante. “É possível conciliar religiosidade e universo fashion. E quem lucrou com isso foram as mulheres”, avalia.
Não há sequer uma citação de Jesus Cristo sobre que tipo de roupa usar, mas pastores e bispos foram estabelecendo regras ou leis internas que "policiavam" os fiéis nos cultos, e ai da mulher que colocasse uma manguinha mais curta ou deixasse o ombro de fora.
Arrisco-me a dizer que isto existe ainda hoje em muitas seitas que se multiplicam por estes rincões brasileiros, os novos donos da verdade, escondidas sob o manto de Cristo.
Atitude própria de quem não é do mundo e nem está no mundo, caracterizando religiões fechadas totalmente para quem não professe de suas fés, mesmo porque são várias, ainda que tenham Cristo como referência.
Numa linguagem popular, é o chamado clube do bolinha, aquele personagem de gibi infantil que construíra uma casa no alto de uma árvore, e convidava apenas os seus amigos para visitá-la.
As primeiras gerações de evangélicos foram mais rígidas quanto a usos e costumes porque mantinham uma convicção que vinculava fé e costumes à normas morais, mas as gerações seguintes, mais livres, foram sentindo as marcas das prisões ao se sujeitarem a estas normas.
Foram catolicizando-se, pois os católicos não consideram estas questões com a mesma rigidez, e usam as roupas que estão na moda .
Hoje, percebe-se cada vez mais, que ter uma fidelidade a Cristo não significa usar uma roupa X ou Y.
Isto está repercutindo na moda evangélica, e as confecções que fornecem roupas para este segmento, estão modernizando estas vestimentas, ou melhor mundanizando as roupas.
Isto é bom, e acaba com o machismo religioso, pois normalmente, estas normas servem mais para as mulheres aque para os homens.
Para encerrar meu comentário quero lembrar que uma característica marcante da Igreja primitiva, nos primeiros séculos do cristianismo, era a chamada inculturação, isto é, anunciar Jesus Cristo, sem modificar a cultura daqueles povos, por onde os discípulos passavam.
Foi esta inculturação que que contribuiu para o nome católico, universal.
Os que se chamam de "evangélicos, ao obrigar seus fiéis a usarem de um certo tipo de roupas, e de obrigá-los a este ou aquele hábito, acabaram retrocedendo do cristianismo para o judaísmo.
Assim mais correto seria dizer que estes, que mantém estes hábitos, são mais judaizantes que evangélicos, num caminho do pré-cristianismo.
Veja matéria que deixo, do IG
Simone Cunha, especial para o iG
13/06/2011 06:57
Exemplo da nova moda evangélica da confecção Kabene Jeans, uma das mais antigas do país
Para algumas mulheres, além do desejo de aceitação, da vaidade e do estilo, a hora de escolher o que tirar do guarda-roupa pela manhã leva em consideração ainda outros aspectos. Como, por exemplo, princípios morais e religiosos. É o caso, entre outros, de algumas mulheres evangélicas.
Para quem as mulheres se vestem?
De acordo com a secretária-executiva da Alobrás (Associação de Lojistas do Brás) Inês Ferreira, o segmento da moda evangélica que vem se destacando por seu crescimento e renovação. São seis confecções apenas entre as associadas, embora ela ressalte que existem outras na região que não fazem parte da organização.
Inês diz que, antigamente, as consumidoras deste tipo de roupas reclamavam que as roupas eram muito sóbrias, formais e sempre voltadas apenas para um público mais velho – o que ela chama de “roupa de senhora”. Hoje, no entanto, a maioria das lojas tem estilistas próprios para adequar as tendências, mantendo a discrição que a religião exige.
“Tendências como cores, tecidos, texturas e formas podem ser seguidas, independentemente das restrições”, comenta Leca Calvi, professora de personal stylist da Escola de Moda Sigbol Fashion. Saias e vestidos são as peças mais procuradas,assim como blusas com mangas e sem decotes.
De acordo com Benicio Niza Sampaio, gerente da marca Kabene Jeans, há 15 anos nesse mercado, a procura é grande. “Temos uma estilista que acompanha as tendências – aviamento, cores, estampas, modelagem – e adapta ao estilo evangélico tradicional”, diz. Segundo ele, o comprimento da saia e as mangas das blusas são essenciais.
Para a consultora de moda Bia Kawasaki, o segredo é saber valorizar o belo. “Um cabelo bem cuidado, sapatos e acessórios bem coordenados, combinar perfeitamente cores e estampas. A moda é a exteriorização da personalidade”, define. “Muitas destas mulheres são muito mais modernas e sofisticadas que outras que, por não terem noção do ridículo estético, expõem suas imperfeições físicas e seu mau-gosto ao público em geral.
Já a professora da PUC Denise Bernuzzi defende que, ao investir neste estilo, a moda deu um passo importante. “É possível conciliar religiosidade e universo fashion. E quem lucrou com isso foram as mulheres”, avalia.
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