A mídia e as peninhas

Não, não estou vinculando a mídia aos galináceos, embora nos cacarejos sejam muito semelhantes, nem, tampouco no ciscar permanente, para se alimentar no dia, ou mesmo o empolamento para parecer grandiosa.

Refiro-me à negação eterna, à investigação silenciosa, à descrença permanente.

Dilma tem se mostrado altiva com este setor, sempre dando a outra face para bater, sem importar-se, porque o Brasil continua desenvolvendo-se( apesar do aumento da taxa de juros), continua gerando empregos, aumentando o número de jovens estudando.

Melhoraram estradas? Então vamos falar da morte em acidentes de viagem.

Há mais investimento no SUS? então vamos mostrar alguns hospitais que estão desaparelhados.

Existe aumento de viagens de avião? Então vamos mostrar o esgotamento e a demora do setor.

Existe aumento de consumo? Então vamos mostrar que a inflação está corroendo o poder aquisitivo do trabalhador.

Conquistou a Copa do Mundo e as Olimpíadas para o Brasil? então vamos mostrar a desorganização.

Decide-se por eliminar 16,5 milhões da pobreza? Ah, mas a presidente afirmou que eram 19 milhões.

A diferença entre ricos e pobres ainda que grande, é a menor da História? É, mas começou com FHC.

É um ciscar contínuo de bico, de um lado para o outro, sobre gravetos ressequidos, e inúmeras plantas viçosas, enquanto resmunga palavres ininteligíveis, de raiva da vida.

O pano de fundo é a privatização de tudo, o tornar o estado brasileiro um cemitério, uma terra arrasada, entregando tudo para a iniciativa privada.

Alguns lances deram certo, e privatizarão alguns aeroportos, lógico, os mais rentáveis.

Depois, uma garibada aqui, outra acolá, e pronto justificam o aumento das tarifas aeroportuárias.

As estradas privatizadas foram tão discutidas na campanha de São Paulo, e o que se viu? Uma vez continuando no poder, os tucanos nem mexeram nos pedágios, que continuam caríssimos. Mas as estradas são lindas...

Porque não fui eu? Porque não fui eu? Perguntam, enquanto esgaravatam as folhagens.

Bem oportunidade a elite brasileira teve para mostrar disposição política para investir no povo, e não o fez.

Passou séculos olhando seu próprio umbigo, e locupletando-se no poder.

Quando o peão chegou lá, também não davam nada para ele, como se fosse uma anomalia circunstancial.

Mas a coisa aconteceu e o Brasil iniciou um grande processo de mudanças que está de vento em pôpa.

O Brasil está superando o atraso econômico e social de séculos.

Se esta elite estivesse ainda no poder hoje, o Brasil, hoje, estaria na condição destes países do Oriente Médio, com a juventude sem oportunidades e revoltada, porque não fizeram nada.

O Brasil precisa avançar mais nas conquistas econômicas e sociais.

Mais desenvolvimento, com mais distribuição de renda.

As conquistas obtidas até agora são bem vindas, mas não devem servir de acomodação.

Pelo contrário, devem incentivar a disposição de mudanças.


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