Esta noite nosso professor de Antropologia Filosófica -fico confuso com esta multiplicidade de terminologias das disciplinas atuais - estava refletindo sobre Sócrates.
Dizia que Sócrates havia abandonado o ofício de artesão, quando entrou no Oráculo de Delfos e leu a frase "Ó homem conhece-te a ti mesmo, e conhecerás os deuses e o universo", e à partir de então voltou-se para a filosofia.
A reflexão chegou a idéia do auto-conhecimento, que o homem deve passar da ignorância para o saber.
E acrescentou o professor Vicente de Paulo Moreira, que conhecer é ter dúvidas, e a crise é uma oportunidade para se conhecer melhor.
Continuei refletindo no Metrô voltando para casa, e até aqui no notebook.
Existem pessoas que acham que se conhecem bem, mas todos vêem que ele não se conhece.
São pessoas que não tem auto-crítica, não enxergam seus erros, e acham que possuem uma leitura profunda de si.
Há aquelas que se culpam por tudo e passam o tempo se lamentando de seus erros, quando não são tantos assim.
Esta é uma discussão que transita tanto na filosofia como na teologia
A Igreja diz que para compreender bem o problema, é preciso considerar que, para haver pecado mortal, é preciso que haja perfeita advertência do entendimento e pleno consentimento da vontade.
A consciência do erro deve vir à tona para distinguir um fato reto de outro errado.
Continuar a errar é consentir, entregando a vontade, a disposição, para fazer algo contra si ou contra os outros, sem ética e sem moral.
Onde está o equilíbrio?
Na saída um colega me completou: são os que estão em nossa volta que podem nos ajudar a saber onde estamos, porque por nós mesmos não conseguiremos nos descobrir inteiramente.
Deixo esta reflexão de fim de noite.
Esbarramos nos limites de nossa humanidade.
Como criaturas não atingiremos a perfeição do conhecimento, e consequentemente também não atingiremos a perfeição de nossa auto-crítica.
Há um pessimismo embutido aqui, que somente a teologia, com o conceito de fé, que vem sob outros parâmetros pode superar.
De resto, se permanecer num pensamento mais materialista, acreditarei numa verdade relativa e num conhecimento também sempre progressivo e relativo.
Vou esfriar a cabeça.
Dizia que Sócrates havia abandonado o ofício de artesão, quando entrou no Oráculo de Delfos e leu a frase "Ó homem conhece-te a ti mesmo, e conhecerás os deuses e o universo", e à partir de então voltou-se para a filosofia.
A reflexão chegou a idéia do auto-conhecimento, que o homem deve passar da ignorância para o saber.
E acrescentou o professor Vicente de Paulo Moreira, que conhecer é ter dúvidas, e a crise é uma oportunidade para se conhecer melhor.
Continuei refletindo no Metrô voltando para casa, e até aqui no notebook.
Existem pessoas que acham que se conhecem bem, mas todos vêem que ele não se conhece.
São pessoas que não tem auto-crítica, não enxergam seus erros, e acham que possuem uma leitura profunda de si.
Há aquelas que se culpam por tudo e passam o tempo se lamentando de seus erros, quando não são tantos assim.
Esta é uma discussão que transita tanto na filosofia como na teologia
A Igreja diz que para compreender bem o problema, é preciso considerar que, para haver pecado mortal, é preciso que haja perfeita advertência do entendimento e pleno consentimento da vontade.
A consciência do erro deve vir à tona para distinguir um fato reto de outro errado.
Continuar a errar é consentir, entregando a vontade, a disposição, para fazer algo contra si ou contra os outros, sem ética e sem moral.
Onde está o equilíbrio?
Na saída um colega me completou: são os que estão em nossa volta que podem nos ajudar a saber onde estamos, porque por nós mesmos não conseguiremos nos descobrir inteiramente.
Deixo esta reflexão de fim de noite.
Esbarramos nos limites de nossa humanidade.
Como criaturas não atingiremos a perfeição do conhecimento, e consequentemente também não atingiremos a perfeição de nossa auto-crítica.
Há um pessimismo embutido aqui, que somente a teologia, com o conceito de fé, que vem sob outros parâmetros pode superar.
De resto, se permanecer num pensamento mais materialista, acreditarei numa verdade relativa e num conhecimento também sempre progressivo e relativo.
Vou esfriar a cabeça.
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