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Quando os instrumentos de RH servem para perseguir, em vez de valorizar

A OSB, Orquestra Sinfônica Brasileira, sabe-se lá por que motivo (deve ser redução da verba da instituição), encontrou um jeito sui generis para realizar o corte de pessoal.

Primeiro veio com um Programa de Demisssão Voluntária, o chamado PDV, que sempre serviu para a saída dos mais competentes, os visionários, os que arriscam e inovam.

Não surtiu o efeito que desejavam.

Então vieram com mais uma jóia do mal uso dos instrumentos de RH.

Impuseram um sistema de avaliação dos músicos para ser respondido por todos, como se o trabalho dos músicos não fosse ele mesmo avaliado diariamente nos ensaios, e nas apresentações públicas.

De 82 músicos, 41 recusaram-se a responder.

Agora acabam de demitir por "justa causa", dois músicos, um violinista de 4 anos de casa e um trombonista com mais de 20 anos

Nota-se que este instrumento de avaliação foi confeccionado com o estrito objetivo de justificar escolhas para demissões com base em "critérios justos", e assim isentar os algozes da fatídica decisão por conta própria.

Avaliação feita para demissão de pessoal tem um nome só: NAZISMO.

Tive oportunidade de trabalhar em uma Igreja , que não vem ao caso citar nominalmente, como consultor, onde um chefete no cargo de gerente, usou intencionalmente um sistema de avaliação para demitir uma funcionária,  pressionando seus avaliados, para confirmarem a sua intenção de demitir uma pequena e inofensiva colaboradora da instituição.

Mas em sua covardia, não queria decidir por conta própria, então utilizou-se de outros covardes, para fazer tamanha vileza.

Mal sabe ele que Deus lhe pedirá contas desta perseguição.

Ele e a todos os que puxaram o seu respectivo saco.

Disto não tenho nenhuma dúvida. e não será em outra vida não.

Será aqui mesmo, na terra.

Falo com muita tranquilidade.

Não tenho revanchismo, tenho profundo sentimento de justiça.

O caso da OSB é semelhante.

Deve ter lá, outro chefete cheio de mandonismo, achando que é dono do mundo.

O dia dele também chegará.

E nós, da área de RH é que pagamos o pato pelo uso indevido de instrumentos que deveriam ser utilizados para a valorização dos profissionais das empresas.

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