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Obama bate e depois assopra

Depois de 160 mísseis jogados sobre Trípoli com precisão de até 60 cm. de distância, agora Obma quer passar a batata quente, isto é, a direção da operação de "controle aéreo" sobre território Líbio, para outro país, seja a França, seja a Itália, e por final a OTAN.

E olhe que os soldados de Kadafi lutam com armas italianas, pois por um bom tempo compraram armas de lá, e agora se defendem usando-as. Amizade amizade, negócios à parte (ai a nova ortografia).

 Vamos imaginar que Kadafi perca para os "rebeldes". Estes desde já não tem legitimidade para se sustentarem no poder, porque não fizeram a libertação do país por conta própria, e teremos ações terroristas explodindo diariamente o país.

Já Kadafi, caso ganhe a guerra, sairá fortalecido em seu totalitarismo nasserista, que deveria ter se transformado em democracia popular, e é totalitarismo tribal. Então a ação imperial acabou fortalecendo o totalitarismo?

Por outro lado, será que dá para se pensar em democracia na Líbia ainda tribal, ou ela já se transformou em uma sociedade mais aberta, que comporta uma democracia formal?

O cenário mais fácil de se antever é a de um país dividido, mantendo a máxima colonial inglesa da África do século XIX - "Dividir para governar".

E assim, a ave de rapina, vai eliminando tudo o que vê a sua frenta, desde que seja seu inimigo.

Aos amigos, mesmo totalitários, estes não. Aí está o Iemen, o Bahrein, eliminando a oposição sem serem criticados pela mídia ocidental.

A Síria ponha as barbas de molho porque pode ser a bola da vez. A águia espera uma oportunidade para por suas garras também por lá.

E o Irã, que todos pensavam que se posicionaria nestes acontecimentos, se faz de morto.

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