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A busca que nunca termina

Caso fôssemos pessoas realizadas, a vida não teria mais razão de ser.

Vivemos um Brasil de 2011, cheio de movimentos bruscos, grande densidade populacional, alterações climáticas, catástrofes, acirramento de conflitos, experiências novas na vida pessoal, social e institucional, mais leituras novas das artes, cultura, política.

É a globalização ou a descaracterização, a desnacionalização?

Faltam espaços, enquanto procuramos nos movimentar.

A ganância se atiça, junto a apadrinhamentos, ocupações de espaços, dominações. E nós assistimos atônitos, tantas jogadas desleais, sob nossa vista, pensando que somos cegos.

A um certo tempo, têm-se a impressão de que as coisas erradas estão se generalizando e se assenhoreando de tudo.

É como se, o mundo estivesse de cabeça para baixo, numa total inversão de valores, repaginados para um novo contexto, que não se interessa se o que é feito é certo ou errado.

Lembremo-nos, entretanto, que mesmo quando tudo parece ceder, e a esperança estiver esquecida, aí brota a vida, e com a vida, a possibildade de retomarmos a justiça e a verdade para o nosso povo brasileiro, tantas vezes explorado, por séculos.

O povo brasileiro aguarda, com paciência e obstinação, a sua remissão, a abertura de um horizonte novo para seus filhos, e cobra ação de todos nós.

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