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aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
aaaaaaaaaaaaaaaaaa
sssssssssssssssssss
ssssssssssssssss
ssssssssssss
ssssssss
ssss
ss
Estou perdendo sangue
por todos os lados.
Dentro e fora de mim.
Uma grande hemorragia
denuncia o volume
de formas
de dominação
putrefata.
O sangue espalha-se
entre os órgãos
entre os caminhos
pré definidos.
Rejeita
o silêncio,
e setencia a revolta.
Coágulo de vida.
Entre manchetes distantes
e sonoras mentiras
sangram ouvidos e olhos.
Mataram Matteotti
Guevara
Osvaldão
Mataram sonhos despertos.
Suo sangue
em todos
os pequenos poros
de subserviência diária
do juíz injusto,
do justo perseguido,
de um mendigo desesperançado
e um Protógenes condenado,
mais tantos e tantos
desconhecidos,
esquecidos,
desonrados.
Perco sangue à toda hora.
O volume de iniquidades
ultrapassa
qualquer capacidade
de resposta.
Alguns não sangram mais.
Secaram-se com o tempo.
Automatizaram
mumificaram
morreram.
Outros estão na hemodiálise
em meio a máquinas,
para ver se revivem
de alguma forma.
Mas eu...
Eu.. com este
coração forte
empurrando meu sangue
contra as veias,
por todo o corpo,
revoltado,
a correr
contra o tempo
contra a morte,
.
acabo sangrando...
continuo sangrando...
sangrando até o fim de minha vida.
regando os jardins
de um futuro
livre
Por
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