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Campanha contra o aborto:de calúnia para a agenda de debates


O feitiço virou contra o feiticeiro.

É assim a primeira impressão que se tem, depois que setores ultraconservadores da Igreja Católica e Evangélicas usaram sem medida da questão do aborto para denegrir a campanha de Dilma.

Mas afinal, a Presidência da República não era Congresso Nacional, mas foi tido como tal. O dano causado na candidatura Dilma foi imenso, tratada como assassina de criancinhas.

Mas, até pra um mínimo de defesa, houve a obrigação de se colocar a questão como sendo de saúde pública, de consequências as mais diversas, e aí surgiram os argumentos dos defensores do aborto, de um modo ainda embrionário(sem nenhuma segunda intenção).

Resultado: o tema já está em discussão na mídia pós eleição, pós paixão, pós execração, pós irracionalidade.

O tema adquiriu auto suficiência de interesse.

Causado por quem? Pela Igreja Católica e evangélicas.

Acredito que se desembocará mais cedo que se espera num plebiscito sobre o aborto. será bom ou ruim?

Será bom.

É preferível que temas como este sejam colocados para decisão popular.

E que se divulgue os ´prós e contras com todos os argumentos possíveis, para esclarecimento geral da consciência social, se é que se pode falar assim.

Mas devemos lembrar do plebiscito sobre a proibição do uso e compra de armas de fogo de 2005, que permitiu o uso de armas, e o Brasil que ficou à mercê do crime organizado de hoje, com o beneblácito do que foram favoráveis ao uso de armas.

Oportunidade única de se expulsar do país os fabricantes da morte, continuam os criminosos até hoje, vendendo armas, com apoio popular.

Cada criança atingida por balas perdidas tem um voto sim pelas armas entalado no pescoço, ou no peito, ou na cabeça..

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